Sistema informatizado dá suporte ao Censo da Força de Trabalho na Saúde em Mato Grosso do Sul

11 de setembro de 2025 Off Por admin

Plataforma nacional moderniza coleta de informações e fortalece o planejamento da força de trabalho em saúde

Após o início da fase de campo do Censo da Força de Trabalho na Saúde, que vai levantar dados em mais de 6 mil estabelecimentos de Mato Grosso do Sul, o destaque está no Sistema Censo, desenvolvido pelo Ministério da Saúde para mapear, em nível nacional, a presença e atuação dos profissionais da saúde.

Em Mato Grosso do Sul, o sistema será operado pelas equipes da SES (Secretaria de Estado de Saúde), que estão atuando em todos os estabelecimentos do Estado para garantir que a coleta seja completa, organizada e confiável. O levantamento já teve início incluindo hospitais, unidades básicas de saúde, clínicas e serviços especializados, além de profissionais do SUS (Sistema Único de Saúde) e da saúde suplementar.

Segundo o chefe do Setor de Apoio da Coordenadoria de Gestão do Trabalho da SES, Victor Hugo de Jesus Gutierre, “essa operação estadual é essencial para construirmos uma base de dados sólida e confiável, permitindo reconhecer os profissionais que muitas vezes não têm visibilidade e fortalecer o planejamento da força de trabalho em saúde”.

Resistência e segurança na coleta

Apesar da inovação, o engajamento das unidades no censo ainda enfrenta desafios, reforçando a necessidade de conscientização sobre a importância da participação para garantir dados completos e confiáveis.

Conforme a Fiocruz, o sistema foi projetado com foco em segurança e rastreabilidade, utilizando validações automáticas, trilhas de auditoria e campos padronizados. O envio de dados deve seguir modelos pré-definidos de planilhas, vinculados ao cronograma e à organização territorial de cada região.

A plataforma digital permite registrar e validar os recenseamentos feitos nas unidades, que incluem informações como vínculos, ocupação, jornada de trabalho e situação funcional dos profissionais. Todo o processo é dividido em perfis de acesso – recenseadores, gestores de estabelecimentos, coordenadores regionais e gestores centrais – cada um com funções específicas na coleta, análise e validação dos dados.

Com essa estrutura, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde esperam consolidar uma base inédita sobre a força de trabalho, capaz de subsidiar políticas públicas, orientar a formação de novos profissionais e melhorar a distribuição dos recursos humanos na rede de saúde.

MS e DF como estados-piloto da iniciativa

Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal foram escolhidos como estados-piloto da iniciativa, que será posteriormente replicada em todo o Brasil. No Estado, o levantamento será feito em 6.360 estabelecimentos públicos e privados, distribuídos nas quatro macrorregiões de saúde, com o apoio de uma equipe composta por 33 recenseadores e 6 articuladores regionais.

A ação é voltada exclusivamente à coleta de dados, sem qualquer caráter fiscalizatório, com foco na qualificação do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) — especialmente no que diz respeito à força de trabalho. Vale destacar que o Sistema Censo não realiza a atualização direta do CNES, sendo esta uma atribuição que deve ser feita rotineiramente pelas unidades de saúde. A iniciativa é realizada em parceria com a UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e a Escola de Governo Fiocruz-Brasília.

Danúbia Burema, Comunicação SES
Fotos: Fiocruz